12 de jun. de 2013

OS TRÊS TIROS NA MACACA

Antigamente (mas não tão antigamente assim), às vésperas do dia de Santo Antônio, faziam-se simpatias e promessas para se conseguir namorados ou maridos (ou esposas). Lendo o delicioso "Esperança - 50 anos depois", do Paulo Saldanha, deparei com esta passagem, que transcrevo abaixo para vocês. É o mesmo assunto, com outro enfoque.

Marlene, uma moça bem educada, instruída, ainda estudando para ser normalista, era linda, prendada e possuía um olhar intenso, brilhante, adornado por dois pontos azuis que lhe ampliavam a formosura, preferindo logo agarrar um marido, uma questão de honra na época.
Aos 21, como era exigente, continuava solteira, e, naquela época, dizia-se que a moça dera o primeiro "tiro na macaca" e só mais dois eram tolerados antes que o desespero se instalasse coma chegada dos 24 anos na solteirice, quando o valor matrimonial da candidata decaia numa desvalorização assombrosa até que fosse consagrada "titia", uma espécie de fracasso de alguém digno de pena, que não fora capaz de conseguir um marido descente.
 (SALDANHA. 2011. P. 22)

Sobre o assunto, ler também aqui e aqui.

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